Estão aí duas eleições, mais dois dias em que nós os artistas do costume vamos acordar cedinho, ou não, passar pelo café ler o jornal à borla degustando um croissant com fiambre e um cafezito e, tal como ovelhas num rebanho dirigimo-nos aos magotes, excitados mas pacíficos aos chamados locais de voto para meter o papelinho com a cruzinha na urna… a urna, não podia ter melhor nome, bendito o bicho que o inventou…
Dou comigo a pensar no Socas, na Nelinha, no Paulinho, no Jerónimo e no outro… a loiça ou lá como é que é. Já para não falar nos Isaltinos, nos Costas e mais a outra catrefada de melros a quem vamos dar casa, comida, roupa lavada e cú tremido durante mais quatro anos.
São sempre os mesmos, ou melhor são os mesmos de sempre, Que raio podemos nós esperar mais, ou melhor, menos desta gente, Que mais-valias podem estas senhoras e estes senhores, como se diz no PS, a acrescentar a isto tudo?
Sei, ao contrário do que aconteceu nas Europeias, que nesses dias darei por mim a caminho das urnas, no meio do rebanho, calmo mas excitado, pacífico mas revoltado por não poder fazer nada, por saber que nos próximos quatro anos nada mudará, apenas ficaremos mais velhos.
Existe em mim uma réstia de esperança, de que um dia apareça por aí um Obama que nos dê algum alento, mesmo que ilusório, mesmo que efémero, só para poder sentir o que sentiram os amaricamos, ir ás urnas meter o papelinho sentido que estou a votar na mudança noutra gente, em gente que valha a pena confiar…
Quando a crise ataca, nada melhor que uma praizinha e um pic-nic na margem do Tejo com vista sobre a Lisnave...
Nem quero imaginar o que se vai perder com os contentores...
Há pedaços de Lisboa abandonados, devolutos como lhes gostam de chamar.
Este fica ali ao pé do Campo das Cebolas, andamos nós a fazer edificios novos em locais parvos e/ou impróprios e estas maravilhas da arquitectura assim abandonados e sem préstimo.
O marquês hoje estava assim ás oito da manhã:
Nunca mais volta o sol como deve ser, nem o tempo ajuda a levantar o moral...
Nestes tempos de receios e incertezas, é bom saber que há bancos de confiança:
Todos os dias ele lá está para me dar descanso à hora de almoço...
Sem pedir nada em troca...
Sem saldos negativos...
É impressão minha ou o parque Táxi em Lisboa anda a cair aos bocados?
Não tenho bem a certeza mas acho que vi hoje um de 1987!
Sim, 1987 (vinte e um anos), não contando com fumarada pestilenta que deixava no ar, agora que tanto se fala em carbono zero, qual será a Segurança dum carro desses com o desgaste a que são submetidos?
Estarão os Srs. Inspectores nos centros a fazer o seu trabalho como deve ser, agora que também eles são ameaçados de porrada?
Andará a DGV atenta, a DGV ou lá o que é aquilo que a substituiu, ou pelo contrário estão ainda à procura das cartas que andam desaparecidas?
A minha fragunete que só tem 12 anos, noutro dia numa inspecção, um desses senhores embirrou porque o triângulo que trazia não estava regulamentar, dizia ele que era o modelo anterior à Norma.
A suspensão estava boa, a direcção no ponto e sem folgas, os tais gases muito abaixo dos limites, luzinhas, mija mija e buzina tudo bem, mas o raio do triângulo era anterior à Norma.
Chumbou-me a pobre coitada e nem sequer me deu hipótese de ir num instante ali ao lado à bomba de gasolina (onde por sinal não faltavam os ditos e coletes, muito coletes), comprar um de acordo com a tal Norma. Essa brincadeira custou-me, para além do triângulo mais 5 (cinco) a€reos e tal de reinspecção, que foi feita dez minutos depois de ter saído.
È muito raro andar de táxi, mas da próxima vez vou estar atento á matricula e não quero nada com mais de dois anos, pelo sim pelo não ainda não passaram pelos tais centros, ainda não devem deitar muito fumo e o triângulo já è Normalizado.
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