João Aguardela, guardo dele a memória de um festival de musica em Sintra, no largo do palácio da vila. (entrada Grátis)
Não me lembro do ano, muito menos do dia, sei que fomos muitos lá da rua e seria talvez inicio de verão. Fomos de comboio, uma cambada de putos à procura de diversão por pouco dinheiro
Fomos porque a atracção principal eram os Rádio Macau, fomos porque naquele mês estavam na crista da onda, fomos numa altura em que o que era muito bom naquele dia, amanhã era velho e piroso, a música dos anos 80 passou por nós a correr.
Lembro-me de entrarem uns tipos e começarem a tocar não me lembro do quê, a memória está turva, mas lembro-me muito bem do vocalista, entrou todo compostinho, de vaso de barro vermelho na mão com uma flor dentro, cantou, saltou, dançou e deixou a multidão eu êxtase. Acabou em tronco nu, terra por todo o lado e a flor sabe-se lá onde. O vaso esse estava enfiado na cabeça.
Era ele, era o Aguardela, tinha agora 39, ia fazer 40 anos em Fevereiro. Conheço mal o seu trabalho, sei que esteve em Sintra naquela noite, sei que era a voz dos Sitiados, apenas sei que:
“Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim”
Puta de vida
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