Estão aí duas eleições, mais dois dias em que nós os artistas do costume vamos acordar cedinho, ou não, passar pelo café ler o jornal à borla degustando um croissant com fiambre e um cafezito e, tal como ovelhas num rebanho dirigimo-nos aos magotes, excitados mas pacíficos aos chamados locais de voto para meter o papelinho com a cruzinha na urna… a urna, não podia ter melhor nome, bendito o bicho que o inventou…
Dou comigo a pensar no Socas, na Nelinha, no Paulinho, no Jerónimo e no outro… a loiça ou lá como é que é. Já para não falar nos Isaltinos, nos Costas e mais a outra catrefada de melros a quem vamos dar casa, comida, roupa lavada e cú tremido durante mais quatro anos.
São sempre os mesmos, ou melhor são os mesmos de sempre, Que raio podemos nós esperar mais, ou melhor, menos desta gente, Que mais-valias podem estas senhoras e estes senhores, como se diz no PS, a acrescentar a isto tudo?
Sei, ao contrário do que aconteceu nas Europeias, que nesses dias darei por mim a caminho das urnas, no meio do rebanho, calmo mas excitado, pacífico mas revoltado por não poder fazer nada, por saber que nos próximos quatro anos nada mudará, apenas ficaremos mais velhos.
Existe em mim uma réstia de esperança, de que um dia apareça por aí um Obama que nos dê algum alento, mesmo que ilusório, mesmo que efémero, só para poder sentir o que sentiram os amaricamos, ir ás urnas meter o papelinho sentido que estou a votar na mudança noutra gente, em gente que valha a pena confiar…
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